Harvard, e o FIELD method

Em 2011 a escola de negócios mais tradicional do mundo anunciou que também estava inovando, e dessa vez as mudanças seriam radicais. Reconhecida por até então ter o método de casos como sua dominante metodologia de ensino, a Harvard Business School aventurou-se a lançar o FIELD, acrônimo para Field Immersion Experiences in Leadership Development. Uma analogia simples explicada por um professor na primeira semana de aula em 2011 é que o case method é “como eu faria em determinado contexto” , enquanto o FIELD é “como eu realmente faço na prática”. Como cobaia e testemunho deste experimento, atesto que esta analogia é verdadeira. E vai além.

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Sob o comando do reitor Nitin Nohria, a escola enviou, em 2012, 900 alunos a mais de 10 países em desenvolvimento para que o conhecimento teórico fosse aplicado na prática, em benefício de clientes que variavam desde gigantes como Unilever, McDonalds e Natura, passando por ONGs e até iniciativas empreendedoras como jovens empresas incubadas pela Endeavor. O resultado foi um sucesso, e como participante do processo só tenho a agradecer à escola pela marcante experiência que tive em Mumbai, na Índia. Meu grupo era composto por 6 alunos, de 6  nacionalidades e experiências profissionais diferentes. Uma japonesa, um malasiano, uma nigeriana, um francês, um americano, e um brasileiro. Consultores, bankers, um fund manager, um project manager: nossa missão era desenhar a pipeline de produtos de beleza masculinos para a Unilever na Índia. Sem entrar em detalhes, noto que a experiência foi tangível, prática e impactante. Entre diversas atividades, visitamos mercados locais em Mumbai, entrevistamos consumidores na rua e em suas casas, apresentamos conceitos a cidadãos comuns e a altos executivos, e todos conhecemos um pouco de um país com cultura, culinária e pessoas diferentes, as vezes misteriosas, porém sempre fascinantes.

Sem mais, deixo a própria escola explicar a proposta, e impacto, do FIELD:

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